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Migrantes indígenas Warao de seis municípios do Pará foram recenseados com apoio da Cáritas

Áreas de Atuação

A Cáritas Brasileira Norte II apoiou o Censo do IBGE na identificação e intermediação dos diálogos com os Warao do Pará.

Publicação: 19/01/2023



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou recenseamento de residentes Warao em seis municípios paraenses, a maioria em Belém e Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB). A coleta de informações foi realizada com o apoio da Cáritas Belém, entidade membro da Cáritas Brasileira Regional Norte II.

 O resultado da parceria foi celebrado em reunião realizada nesta terça-feira, 17, em Belém, entre equipes do IBGE e da Cáritas Belém. Na ocasião, a entidade recebeu o agradecimento pelo apoio prestado.

 Na capital do Pará, o IBGE recenseou famílias Warao nos bairros da Campina, Tapanã e no Distrito do Outeiro. Em Ananindeua, os questionários foram preenchidos nos bairros do Curuçambá, Levilândia e Distrito Industrial. Fora da RMB, o IBGE realizou o censo 2022 entre Warao que residem em Santarém e Salinópolis.

 Conforme Joana Lima, assessora regional do projeto “Orinoco: Águas que atravessam” na Cáritas Belém, a parceria com o IBGE começou em 2019 motivada pelo trabalho desenvolvido em apoio aos migrantes Warao no Brasil.

 A Cáritas apoiou o trabalho do IBGE na identificação e na intermediação dos diálogos com os Warao sobre a importância da contagem dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. Foram estabelecidas estratégias de comunicação, com trabalho de intérpretes para a formação dos agentes do censo e para a aplicação dos formulários.

 Joana revela que a parceria também envolveu o ACNUR  e a UFPA. “A Cáritas Brasileira nos possibilita estas experiências que uniu o IBGE, com sua expertise, metodológica e tecnológica, e o nosso trabalho com respeito à diversidade. Nossa atuação é reconhecida nacionalmente por nosso compromisso na garantia de direitos e a contagem da população Warao traz a visibilidade e valorização deste povo”, destaca.

 A reunião foi conduzida pelo analista censitário e cientista social José Maria da Costa Júnior, responsável planejar e articular todas as ações que viabilizaram a coleta de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) no Pará.

 Também participaram o analista censitário José Maria Júnior, o coordenador técnico estadual do Censo, Luiz Cláudio Martins; a coordenadora de divulgação, Norma Bentes; a supervisora da PNAD contínua, Ângela Gemaque; Waldi Hipólito e Regivaldo Aguiar, que integram a Supervisão de Base Territorial.


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