Premiação potencializa o reconhecimento ao trabalho da Rede Cáritas em defesa de Crianças e Adolescentes. Foto: Acervo/Cáritas Brasileira
Entre 2022 e 2023, mais de 19.000 jovens foram abraçados pelas ações de formação, proteção e defesa dos direitos promovidas pela Cáritas Brasileira. Tradicionalmente, o Programa Infância, Adolescência e Juventude, culturalmente chamado pela rede Cáritas no Brasil pela sigla PIAJ, é uma importante iniciativa que tem o objetivo principal incidir direta e indiretamente na defesa e garantia dos direitos de crianças e adolescentes em todo o território nacional.
Com diversas ações espalhadas por todo o país, o PIAJ desenvolve um papel central para a inclusão social de jovens na sociedade de forma responsável, buscando garantir o acesso à direitos fundamentais para a juventude, como educação, saúde integral e proteção contra abusos e violências.
Reconhecimento
Com base nesta última temática, em celebração ao dia 18 de maio, instituído como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, no dia 14 de maio, foi realizada uma Sessão Solene no Congresso Nacional e a Entrega do Prêmio Neide Castanha no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A Cáritas Brasileira foi contemplada na premiação, na categoria através do Projeto Içá: Ação e Proteção, que é realizado pelas Cáritas Regionais Nordeste 3 (Bahia e Sergipe), Norte 2 (Pará e Amapá) e pela Cáritas Arquidiocesana de Manaus, que está integrada à Articulação Norte 1.
O Projeto Içá é uma iniciativa de formação e desenvolvimento de atividades e ações de enfrentamento ao abuso, exploração sexual e tráfico contra crianças e adolescentes. As ações são desenvolvidas em diversas áreas, que contribuem para a auto proteção e protagonismo de crianças e adolescentes, na formação, publicação de estudos e pesquisas, auxílio emergencial para jovens vulneráveis, participação e incidência em espaços institucionais junto ao poder público e assistência jurídica e psicológica para crianças e adolescentes e suas famílias.
Prevenir, intervir e proteger
“Esse prêmio representa para nós o reconhecimento de tantas mãos, de tantos corações, por meio do Projeto Içá: Ação e Proteção. A gente acredita que é possível prevenir, intervir e proteger [as crianças e adolescentes]. Por isso nós estamos fazendo bonito!” diz Dom Hudson Ribeiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, ao se referir à entrega do Prêmio Neide Castanha para a Cáritas Brasileira.
Dom Hudson considera que a premiação é também importante para o conjunto da Igreja no Brasil, incentivando boas práticas de ação e proteção para crianças e adolescentes. “Esse prêmio é importante para a igreja Católica, mas sobretudo para aqueles e aquelas que enfrentam uma das piores formas de violação dos direitos humanos, a violência sexual contra crianças e adolescentes”, completa o Bispo.
Proteção integral
Para a Assessora do Regional Nordeste 3, que integra os estados da Bahia e Sergipe, Inéria Florinda, o reconhecimento das ações do Projeto Içá: Ação e Proteção através da conquista do Prêmio Neide Castanha realça o compromisso da rede Cáritas com a proteção integral da juventude, para a garantia e defesa de direitos.
”Este Projeto é muito importante e é feito e pensado por muitas mãos. Nós acreditamos que crianças e adolescentes precisam de uma proteção integral.. Então, esse prêmio simboliza para a gente, nesse momento, o quanto a gente precisa caminhar nessa coletividade, tanto junto ao sistema de garantia de direitos, quanto o fortalecimento da nossa rede Cáritas.” explica Inéria.
Redes de proteção
Muitas mãos são necessárias para construir e manter as ações do Projeto Içá em contínuo andamento. Para Keila Giffoni, assessora do Regional Norte 2, que compreende os estados do Pará e Amapá, a premiação reconhece esse trabalho coletivo realizado em rede pela Cáritas Brasileira.
“São muitas pessoas em muitos lugares e aqui é o reconhecimento de que a Cáritas consegue chegar nos mais diferentes territórios e comunidades ribeirinhas, comunidades quilombolas, as comunidades rurais, como também nas periferias das grandes cidades. Aqui é o fruto de um trabalho que envolve muita coragem, que envolve também muita esperança e amor em cada um dos agentes da Cáritas, dos parceiros e da rede de proteção dos municípios onde nós estamos”, ressalta a assessora regional.